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A Abralin tem como objetivo promover, desenvolver e divulgar o conhecimento científico da linguagem humana. Para cumprir com esse objetivo. a Abralin desenvolve uma série de atividades abertas e gratuitas, como, por exemplo, a série Abralin ao Vivo, a plataforma de cursos Abralin EAD, o evento Liguistweets, publicações variadas: Revista da Abrain, Cadernos de Linguística, Roseta e Editora da Abralin, etc. Há uma parte na execução dessas atividades que exige recursos: contrato de profissionais cujas atividades não estão diretamente relacionadas à missão da Abralin (webdesigners, desenvolvedores, técnicos de computação, advogados, designers, diagramadores, etc) e de empresas ou fornecedores de serviços (servidores de internet, programas computacionais, escritório de contabilidade, etc.). No entanto, como qualquer outra entidade sem fins lucrativos, a exemplo da Febrapils, da Abrates, da Atilsto e da Aesos, para citar algumas, a Abralin conta com o apoio voluntário da comunidade para cumprir seus objetivos. Nesse sentido, professores, pesquisadores, alunos e outros profissionais da área e de áreas afins do Brasil e do exterior contribuem com a Abralin de maneira sempre voluntária, porque acreditam na importância dos objetivos da Associação.

Como qualquer associação acadêmica e científica, a Abralin precisa de recursos para custear as atividades que desenvolve. Esses recursos advém em geral da contribuição anual de seus associados. O valor da anuidade da Abralin é um dos menores dentre associações nacionais da área e de áreas afins, como pode ser verificado nesta tabela. Além disso, a Abralin é a única associação científica que concede isenção total de pagamento de taxas a desempregados, cotistas e indígenas. É importante informar que, a despeito disso, temos atualmente uma taxa de inadimplência de 80%. Em outras palavras, 80% dos associados da Abralin não pagam a anuidade em dia, o que torna o desenvolvimento de muitas das nossas ações impraticável.

Mesmo em um cenário como este, a Abralin não tem medido esforços para continuar cumprindo a sua missão, algo que tem sido reconhecido pela comunidade brasileira e estrangeira. O evento Abralin ao Vivo, organizado em torno de participações voluntárias, é um exemplo disso. Participam dessa série não apenas professores e pesquisadores renomados na área, mas também tradutores e intérpretes de línguas de sinais diversas, porque acreditam na importância da ação de popularização da ciência e na acessibilidade e democratização do conhecimento linguístico, e por estarem seguros de que essa ação voluntária é um caminho de mão-dupla, em que todos seremos beneficiados ultimamente. Também contamos com a colaboração voluntária de colegas que revisam e traduzem textos, utilizando da sua infraestrutura particular para divulgar a linguística brasileira. Isso tem feito toda a diferença em prol de uma associação mais inclusiva e acessível a todos.  Destacamos que todos os membros da Abralin pagam anuidade. Nem mesmo o presidente é dispensado desta contribuição. Além da anuidade, todos os membros das comissões científicas e estratégicas colaboram voluntariamente.

A Abralin nutre um grande respeito por todos os profissionais da área, e sua mera existência deve-se precisamente a isso. É importante que se compreenda que uma associação científica não é uma empresa. A Abralin é um grupo de indivíduos que somam esforços para, voluntariamente, promover, desenvolver e divulgar o conhecimento científico de nossa área. Sempre que há editais abertos de agência de fomento para financiamento de eventos, a Abralin solicita recursos para pagamento de profissionais da área. Assim, por exemplo, na última edição da série Abralin em Cena, todos os intérpretes de Libras foram remunerados, porque garantimos verba para isso. Como sabemos, no entanto, o financiamento para realização de eventos científicos é uma realidade improvável num futuro próximo do país. Por esse motivo, contamos agora mais do que nunca com a colaboração voluntária da comunidade para continuarmos o nosso trabalho de divulgação científica. Sem colaboração, não é possível manter associações. Sem associações, perdemos todos: os profissionais da área, os estudantes e a sociedade de que fazemos parte.