Como linguistas sabemos que a morte dos anciãos significa, muitas vezes, o desaparecimento de uma herança e de uma sabedoria linguísticas. Acreditamos ser importante alertar, agora, sobre os riscos que estamos enfrentando, junto com as comunidades indígenas, se o COVID-19 chegar às aldeias e atingir os mais vulneráveis entre os vulneráveis. Os pequenos textos que oferecemos falam desse risco que nos amedronta.
Neste últimos anos, os povos originários têm concentrado esforços na retomada de muitas de suas línguas., esforços que não seriam possíveis, na maior parte dos casos, sem as referências vivas que são essas mulheres e esses homens com suas riquezas acumuladas no tempo.
Estamos com medo, diante de um cenário devastador, que pode ver a extinção de inúmeras línguas junto aos seus últimos falantes.
Confira “Os últimos guardiões das línguas indígenas diante do COVID-19“, por Ana Carolina Rodriguez Alzza e Bruna Franchetto.