Com a chegada planetária da COVID-19, redobrou-se a preocupação por parte de entidades ambientais, pesquisadores, simpatizantes para com os grupos indígenas vivendo em centros urbanos, rurais ou na floresta. No Brasil a preocupação não é menor. O atual governo não é nada simpatizante nem ao modo de vida desses povos indígenas nem às parcas leis que os protegem pela Constituição. Com um governo que nega esta crise sanitária, a preocupação pela saúde indígena quadruplicou.
No início de abril, recebi a notícia de um primeiro caso indígena de contaminação pela COVID-19, um caxinauá recém-chegado do exterior. Busquei informações, pela internet, com meus interlocutores caxinauás do rio Purus (Peru e Brasil) e do rio Jordão (Brasil). O caxinauá contaminado era um alerta falso. Havia recém-chegado do México com uma forte gripe. Em várias conversas com eles pude entender como o grupo ressente a atual crise sanitária entre eles.
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